Botafogo de Futebol e Regatas(2)

Botafogo de Futebol e Regatas(2)

Estrela Solitária

A Estrela Solitária.
A Estrela Solitária, presente no escudo, na bandeira e na flâmula do clube, era originalmente o símbolo máximo do Club de Regatas Botafogo. De cinco pontas, ela era originalmente em um formato diferente que se consagrou. Tinha em cada ponta uma tonalidade, dividindo-as em preto e branco, dando efeito de sombra. Contudo, foi substituída nos primeiros anos pelo famoso modelo da estrela de cinco pontas branca em um fundo preto.
A Estrela Solitária representava a estrela D'alva e foi adotada por ter sido a primeira estrela a aparecer no céu no dia da fundação do clube.[41] Na verdade, anos depois, após pesquisas, foi se descobrir que aquela estrela era o planeta Vênus.
Com a fusão dos dois clubes, a estrela apontada para o Zênite também foi adotada como símbolo do futebol. O Botafogo de Futebol e Regatas recebeu como um dos apelidos o de clube (ou time) da Estrela Solitária, pois ela passava a estar estampada no escudo das camisas, no peito dos jogadores.

Escudo

Escudo do Botafogo na sede do clube.

O Club de Regatas Botafogo não possuía um escudo oficial. Os estatutos especificavam apenas que a Estrela Solitária seria o símbolo maior. Havia, porém, um escudo não-oficial de uso popular. Ele trazia a Estrela Solitária, remos e o monograma do clube. No uniforme, o clube usava um monograma encimado pela Estrela. Em 1919, a Estrela cresceu e o monograma passou a estar dentro dela.[42]
O escudo do Botafogo Football Club foi desenhado a nanquim por um de seus fundadores, Basílio Viana Júnior. Era um escudo no estilo suíço, tendo o seu contorno em preto. Sobre um fundo branco, havia, ao centro, as iniciais do clube: B. F. C., entrelaçadas, em preto.
Em 1942, com a fusão dos dois clubes, manteve-se o formato do escudo do Botafogo Football Club, com a Estrela Solitária branca, do Club de Regatas, no lugar das letras, em um fundo preto. Além disso, o escudo recebeu dois contornos: de dentro para fora, o primeiro branco e o segundo preto.
As estrelas acima do escudo.
No ano de 2009, foi considerado como o escudo de time mais bonito do mundo. A tarefa de pesquisa e divulgação foi realizada pelo site esportefino.net e contou com a participação de jornalistas, designers e historiadores na eleição dos 50 mais belos do mundo.[43]

Estrelas

Em 1981, o Botafogo traria uma novidade em seu uniforme: quatro estrelas amarelas estavam acima do escudo do clube. Elas representavam o tetracampeonato carioca do clube nos anos de 1932, 1933, 1934 e 1935. No começo da década de 2000, mais uma estrela foi incluída acima das que já estavam. Dessa vez, a quinta estrela era na cor branca e lembrava o título brasileiro de 1995.
Em 2003, todas as cinco estrelas foram retiradas, deixando apenas a Estrela Solitária do escudo, pois o departamento de marketing do clube afirmava que essa é a única estrela que representa o Botafogo.

Bandeira

Bandeira do Botafogo de Futebol e Regatas no Maracanã.
A bandeira do Botafogo de Futebol e Regatas surgiu após a fusão do Botafogo Football Club com o Club de Regatas Botafogo.
O Football Club possuía uma bandeira com faixas horizontais pretas e brancas, com o escudo do clube ao centro. Foi bordada pela primeira vez pelas irmãs do ex-presidente Edwin Elkin Hime Júnior: Ruth, Hilda, May, Leah e Miriam.[44] Já a bandeira do Club de Regatas era branca, com um quadrilátero preto no canto superior esquerdo e a tradicional Estrela Solitária em branco.
Com a fusão, em 1942, permaneceram as faixas horizontais e o quadrilátero preto, com a Estrela Solitária branca no canto superior esquerdo.
O formato oficial da bandeira é de 1,28 metro de largura e 90 centímetros de altura. As listras horizontais têm 10 centímetros de largura cada. São cinco listras pretas e quatro brancas. O retângulo preto, que contém a Estrela Solitária (em branco), mede 56 x 40 cm.

Camisa 7

Camisa 7 alvinegra.
A camisa 7[45] é considerada a mais importante da história do Botafogo.[46] Vestindo a camisa 7 atuaram diversos jogadores que se destacaram tanto pelo alvinegro quanto pela Seleção Brasileira de Futebol. O primeiro jogador a utilizá-la foi o ponta Paraguaio em 1948, ano em que foi adotado a numeração das camisas do clube. No final da década seguinte, Garrincha foi o responsável por imortalizá-la definitivamente com seus dribles. Ao deixar o time, o substituto de Garrincha como ídolo com a camisa 7 foi Jairzinho. Anos depois, o Furacão da Copa passaria a usar a 10.
A camisa ainda vestiria inúmeros jogadores que atuavam como atacantes ou meia-de-ligação, como Helinho por exemplo, mas só voltaria a ter destaque decisivo em 1989. Após 21 anos sem vencer o Campeonato Carioca, Maurício, com a camisa 7, fez o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Flamengo que garantiu o título daquele ano para o Glorioso. Em 1995, foi a vez de Túlio Maravilha, que usava a camisa 9 até ser contratado como garoto-propaganda do refrigerante Seven Up (patrocinador do clube naquele ano), fazer sucesso com a camisa, levando o Botafogo à conquista do Brasileirão. Depois de ser usado por alguns jogadores com pouca relevância, Dodô, que anteriormente atuava no próprio Botafogo com a 10, passou a jogar com o mítico número em 2007, sendo artilheiro do Estadual daquele ano. Na temporada 2010 o dono da camisa é Maicosuel, candidato a ídolo que moveu um grupo de investimentos para a sua contratação.

Uniformes

Uniformes do CRB, BFC e BFR.
O Club de Regatas Botafogo dispunha, inicialmente, de dois uniformes diferentes. O primeiro, com camisetas e calções inteiramente negros, era utilizado para as competições em si. O segundo, com camisa alvinegra listrada na horizontal e calções negros, era utilizado somente nos treinamentos. Posteriormente, o clube passou a utilizar como segundo uniforme o traje inteiramente branco.
Nos primeiros anos, o Botafogo Football Club usava camisas e calções brancos, com meias pretas. O uniforme inteiro era feito na Inglaterra, então a capital mundial do futebol, até em figurinos de material esportivo. Em 1906, para estrear seu novo uniforme, também encomendado na Inglaterra, na fábrica Benetfink & Co., o clube fez um jogo festivo contra o Fluminense. Surgia, pela primeira vez diante dos olhos de seus torcedores, a camisa alvinegra em listras verticais. Só que com botões na frente feita de tecido. Completavam esse uniforme calções brancos e meias pretas. A camisa listrada é uma homenagem a Juventus de Turim, clube pelo qual torcia Itamar Tavares, um dos fundadores do clube. Em junho de 1909, o Botafogo passaria a utilizar-se de uniformes confeccionados em malha. Mas os escudos só estariam presentes a partir de 1913.[47] O Botafogo só adotou os calções pretos como titular pela primeira vez em 1935.
Com a fusão entre os dois clubes, predominou, no remo, o Botafogo de Futebol e Regatas manteve o uniforme inteiramente negro, e, no futebol, a camisa alvinegra listrada, com golas e calções negros e meiões pretos. Porém, em 1948, o Botafogo voltou a utilizar-se de calções brancos e meiões de mesma cor, fato que durou até 1954.[48] Devido ao suicídio do presidente do Brasil Getúlio Vargas, o Botafogo usou novamente calção e meias negras. Em 1956, atuou rapidamente com os dois equipamentos inferiores em branco novamente. Mas, em 1957, passou a usar meiões na cor cinza, com calção preto. Ao final da década de 1970, o time passou a atuar com meiões brancos, tradição só quebrada em 1993, quando o meião cinza voltou a ser usado. Entre meados de 2003 a maio de 2009, a base de seu uniforme principal do futebol possuia meias pretas, quando o acessório voltou a ser cinza.
O número total de listras da camisa do Botafogo deve ser de sete a nove, conforme o estatuto do clube.[49] Normalmente, a listra central é da cor preta, porém, em algumas opurtunidades, foram utilizadas na cor branca. Detalhes nas mangas e na altura do ombro também são aceitos para facilitar a diversidade ano a ano.
De acordo com o estatuto do clube, o uniforme deve ser nas cores alvinegras. Portanto, suas camisas reservas são predominantemente brancas ou pretas, tal qual são as cores dos calções e das meias. O uniforme de goleiro não precisa seguir o regulamento do clube.

História dos uniformes

Apesar de sempre predominarem o preto e o branco listrados verticalmente em sua camisa principal, o Botafogo iniciou sua atuação no futebol em 1904 com camisas e calções brancos e meias pretas. Em 1906 passou a adotar a camisa listrada. O modelo era inspirado no da italiana Juventus de Turim, por sugestão de Itamar Tavares, um dos fundadores do clube que estudara na Itália e tinha predileção por aquele clube. As camisas eram confeccionadas na Inglaterra, na fábrica Benetfink & Co. A estréia da camisa listrada foi em um jogo festivo contra o Fluminense. Em junho de 1909, o Botafogo passaria a utilizar-se de uniformes confeccionados em malha. Mas os escudos só estariam presentes a partir de 1913.[50] O Botafogo adotou os calções pretos como titular pela primeira vez em 1935.
Com a fusão entre o Botafogo Football Club e Club de Regatas Botafogo, predominou, no remo, o uniforme inteiramente negro, e, no futebol, a camisa alvinegra listrada, com golas e calções negros e meiões pretos. Porém, em 1948, o Botafogo voltou a utilizar-se de calções brancos e meiões de mesma cor, fato que durou até 1954.[51] Devido ao suicídio do presidente do Brasil Getúlio Vargas, o Botafogo usou novamente calção e meias negras. Em 1956, atuou rapidamente com os dois equipamentos inferiores em branco novamente. Mas, em 1957, passou a usar meiões na cor cinza, com calção preto. Ao final da década de 1970, o time passou a atuar com meiões brancos, tradição só quebrada em 1993, quando o meião cinza voltou a ser usado. Entre meados de 2003 a maio de 2009, a base de seu uniforme principal do futebol possuia meias pretas,[52] quando o acessório voltou a ser cinza.

Padrões

O número total de listras da camisa do Botafogo deve ser de sete a nove, conforme o estatuto do clube. Normalmente a listra central é da cor preta, porém, em algumas oportunidades, foi utilizada na cor branca. Detalhes nas mangas e na altura do ombro também são aceitos para facilitar a diversidade ano a ano.
De acordo com o estatuto do clube, o uniforme deve ser nas cores alvinegras. Portanto, suas camisas reservas são predominantemente brancas ou pretas, tal qual são as cores dos calções e dos meiões, porém os meiões do uniforme listrado tradicionalmente são na cor cinza. O uniforme de goleiro não precisa seguir o regulamento do club.

Hinos

É comum ouvir a torcida do Botafogo cantar o hino do clube durante as partidas.
Entrada da sede náutica do Botafogo, na Lagoa Rodrigo de Freitas.
Hino popular
O hino[61] mais difundindo na mídia e no conhecimento popular, apesar de não ser o oficial, tem a composição de sua letra e música de autoria de Lamartine Babo, datada de 1942. Os versos iniciais "Botafogo, Botafogo campeão desde 1910" estão na cabeça dos torcedores, sendo o hino frequentemente cantando nos jogos do time.
Há também uma polêmica na letra. Como foi composta na década de 1940, seu registro traz "Campeão desde 1910". Contudo, o primeiro título oficial do Botafogo foi o Campeonato Carioca de Futebol de 1907, que, devido a divergências entre Botafogo e Fluminense, só foi oficializado em 1996, sendo o troféu dividido pelos dois clubes. Por esta razão, é comum ouvir torcedores cantando uma versão modificada: "Botafogo, Botafogo campeão desde 1907".
Neste hino, encontra-se também dois dos principais lemas do clube. São eles: "Foste herói em cada jogo" e "Não podes perder, perder pra ninguém".
Hino oficial do futebol
O hino oficial[62] do Botafogo Football Club, que tem letra de Octacílio Gomes e música de Eduardo Souto, não é muito difundido entre a mídia e os torcedores. Isto se deve ao fato de a canção de Lamartine Babo ter sido criada no ano da fusão dos dois clube e ter, também, um vocabulário menos complexo do que o oficial. Além disso, os hinos oficiais dos outros clubes cariocas também são ofuscados pelas canções de Lamartine, que compôs músicas para, além do Botafogo, América, Flamengo, Fluminense, Vasco, Bangu, Olaria, São Cristóvão, Madureira, Bonsucesso e Canto do Rio
Hino oficial do remo
O hino do antigo Club de Regatas Botafogo[63] foi escrito por Alberto Ruiz, que foi presidente deste clube em 1930. Este hino também é de pouco conhecimento dos torcedores, já que o remo, na consideração dos torcedores, é esporte de segundo plano do clube, tanto que o site oficial do Botafogo não disponibiliza a letra desta canção.

Mascotes

Estátua do manequinho.
Manequinho
Em frente a sede de General Severiano, encontra-se uma estátua apelidada de "Manequinho". Tombada em 2002 como patrimônio cultural, ela representa um menino urinando e é uma versão da estátua Manneken Pis, que enfeita uma praça de Bruxelas, na Bélgica. A estátua carioca é uma fonte, sendo possível a hidratação pela água do Manequinho.
Com 1 metro de altura, a estátua foi esculpida, originalmente, em 1908, por Belmiro de Almeida, e esteve instalada na praça Marechal Floriano, no Rio de Janeiro até 1927, quando foi transferida, por ser considerada uma afronta aos bons costumes,[64] para a praia de Botafogo, próximo a sede do Mourisco.
A imagem passou a ser relacionado ao alvinegro no Campeonato Carioca de 1957, quando um torcedor vestiu a estátua com a camisa do Botafogo. A partir daí, torcedores consideram-na como mascote e toda vez que o Botafogo é campeão a estátua é vestida novamente. Contudo, em 1990, a estátua foi roubada e destruída. Uma nova réplica, de autoria de Amadeu Zani, foi instalada e, em 1994, transferida para a praça em frente ao palacete de General Severiano.
Em 2008, após um ato de vandalismo de retirou a peça de seu órgão sexual, a estátua foi levada para restauração. Na data de sua recoloção, no início de novembro deste ano, o Botafogo assumiu a posse do monumento.[64]
Pato Donald
Lorenzo Mollas, chargista argentino que trabalhou no Rio de Janeiro nas décadas de 1940 e 50, vestiu o Pato Donald com a camisa do Botafogo nos anos 1940. Logo, a personagem de desenhos da Walt Disney foi adotada como mascote pela torcida. Mollas escolheu o Pato Donald porque ele reclama seus direitos, luta, briga e defende-se, como eram os dirigentes alvinegros da época, e, ainda, sem perder a sua elegância ao deslizar pelas águas, aludindo à prática do remo.
Cachorro "Biriba"
Biriba, novo mascote, que foi lançado em 2008 num par com Biruta.
O presidente do Botafogo Carlito Rocha era um dos mais fanáticos torcedores do clube. Supersticioso e determinado, Carlito levou o vira-latas Biriba, que pertencia ao zagueiro Macaé,[65] a todas as partidas do Botafogo no Campeonato Carioca de 1948. Ele achava que o cachorro dava sorte e não aceitava o animal fosse barrado. A diretoria do Vasco tentou impedir a entrada de Biriba em São Januário. Porém, Carlito Rocha colocou o cachorro de baixo do braço e desafiou: "Ninguém impede o presidente do Botafogo de entrar onde quer que seja e quem estiver com ele entra, com certeza!" garantia Carlito. Com a presença de Biriba, em 19 jogos, o Botafogo venceu 17 partidas e empatou as outras 2 no Carioca de 1948 e sagrou-se campeão, após um jejum de 13 anos.
É a partir de Biriba que o cachorro foi adotado como mascote. Anos depois, o cachorro passou a ser um símbolo bastante admirado pelos torcedores alvinegros. A torcida Fúria Jovem, inclusive, divide seus grupos por "canis". As torcidas adversárias apelidaram, também, a torcida do clube de a "cachorrada".
Em 2008, a tradição foi revivida quando um cão, chamado Perivaldo - em homenagem ao ex-jogador do clube nos anos 1970 - entrou junto com time em uma partida da Copa do Brasil de 2008 levado por seu dono, um carioca e fanático torcedor botafoguense residente na Paraíba. Em suas costas negras, o beagle Perivaldo trazia uma marca de nascença em formato de estrela na cor branca, remetendo ao símbolo máximo do clube, a estrela solitária.[66] Neste mesmo ano, o clube lançou dois mascotes oficiais, chamados Biriba e Biruta, para se identificarem com crianças.[67]

Torcida

Torcida do Botafogo na final do Carioca de 2006.
Torcida lotando o Estádio Olímpico do clube em jogo da Copa do Brasil de 2008.
De acordo com as últimas pesquisas realizadas em todo o território brasileiro, segundo Ibope em 2004,[68] a torcida do Botafogo é estimada em cerca de 8 milhões de torcedores no Brasil, e, de acordo com pesquisa publicada pelo Datafolha em 2008, o clube tem 2% da preferência da população brasileira (o que totalizaria 9,8 milhões aproximadamente). Seus torcedores integram em grande parte a classe média da sociedade, apesar de contar com expressivo contingente de torcedores nas populações de alta e baixa rendas também. Segundo pesquisas, é a terceira maior do estado do Rio de Janeiro e a décima-segunda do país (pelo Ibope e pelo Datafolha).[69][70] Todavia, o departamento de marketing do Botafogo estima trabalhar com um número de base de 9 milhões de torcedores-consumidores do clube no Brasil.[carece de fontes] Outro dado que analisa as torcidas é o total de apostas na Timemania, na qual o Botafogo é o 10º colocado entre os clubes brasileiros desde o lançamento da loteria, com o porcentual de 2,86 das apostas.[71]
Historicamente, a torcida do time era formada, em sua gênese, por moradores dos bairros próximos ao clube, como Botafogo, Copacabana e Urca.[72] A popularização botafoguense iniciou-se apenas na década de 1940, especialmente com a presença do craque Heleno de Freitas. A geração seguinte, nas décadas de 1950 e 60, é inspirada pela chamada "época de ouro" do clube, liderada por Garrincha, fato que traduz, hodiernamente, a existência de um grande número de adeptos entre os mais velhos.[73]
O torcedor do Botafogo é frequentemente caracterizado como um indivíduo supersticioso. Isto se deve às místicas que foram criadas ao longo da história do clube, como o mascote Biriba, as lendas sobre a camisa 7 e as coincidências que já aconteceram com o clube. A torcida é relacionada também ao sofrimento, como era comumente descrita pelo cronista Nelson Rodrigues e pelas frases de conhecimento popular como: "tem coisas que só acontecem com o Botafogo" e "o Botafogo tem vocação ao erro". O jejum do clube de 21 anos sem títulos levou o torcedor botafoguense a, mesmo se mantendo fiel ao clube, virar motivo de piadas dos torcedores rivais entre os anos 1970 e 1980.
Neste mesmo período, no qual a população brasileira e o poder de penetração da imprensa cresciam rapidamente em torno do futebol, o Botafogo encontrou sérias dificuldades de formar novos torcedores, em virtude da boa fase que atravessavam seus rivais, principalmente o Flamengo, dono da maior torcida do país. Em números gerais, o torcida botafoguense só voltou a ter forte crescimento na década de 1990, com a presença do irreverente ídolo Túlio Maravilha. Houve uma regressão no posicionamento da sua torcida frente às demais do país, oscilando nas pesquisas, iniciadas em 1983, entre a sétima e décima-segunda posição na preferência nacional.[74]
Em 2003, foi criado o projeto de sócio-torcedor Botafogo no Coração, no qual o torcedor ajuda financeiramente o clube, e, desde 2007, os participantes cariocas têm direito a entrada para os jogos em que o time possui mando de campo. O clube chegou a ter cerca de 18.000 sócios-torcedores em todo o país, número que decresce devido ao anúncio do encerramento do projeto ao final de 2008.

Movimentos de torcedores organizados

Fúria Jovem, ao lado da Botachopp, recebendo o time no estádio.
São muitos os movimentos de torcedores ligados ao Botafogo. A primeira a ser formada, década de 1960, foi a Torcida Organizada do Botafogo, ou apenas TOB, que já não existe mais. No final dos mesmos anos 1960, surgiu a Torcida Jovem do Botafogo, também conhecida como TJB. Esta é a mais antiga e tradicional torcida organizada do Botafogo. Porém, ela teve sua atuação diminuída em 2001, após a criação da Fúria Jovem do Botafogo. Torcedores dissidentes da TJB foram responsáveis pela sua criação. A Fúria Jovem é, hoje, a maior torcida organizada do clube, cujo mascote é o cachorro pitbull,os torcedores da FJB são conhecidos também como Furiosos ou Cachorrada,suas sedes são denominadas de Canil. Outras torcidas tradicionais famosas, porém já extintas, são a Raça Alvi-Negra, a Folgada do Russão e a Mancha Alvinegra.
Contudo, atualmente, há outros grupos que também participam ativamente das partidas do clube, como a Torcida Botachopp, e, em menor expressão, a Torcida Estrela Solitária e a Torcida Vanguarda. Além desses, surgiu, em 2006, o movimento Loucos pelo Botafogo, que não se considera uma torcida organizada, mas sim uma barra brava pacífica, por não possuir uniforme e seus cantos serem direcionados exclusivamente ao Botafogo. Há também grupos de torcedores localizados em outros estados, como a Fogo Horizonte, da capital de Minas Gerais, além da torcida feminina Guerreiras Alvinegras, a primeira torcida feminina do Botafogo, criada em 2007.

Alianças

Uma das mais interessantes situações do futebol regional e pela dimensão dos clubes até mundial era a que envolvia Botafogo e Vasco, apesar das inúmeras alianças entre torcidas do Brasil, inusitado era essa união local, onde só faltava oficialmente os tricolores para se tornar perfeita. Como verificado muitas vezes na arquibancada, torcedores botafoguenses e vascaínos juntos, e até já visto apoio de tricolores. Porém com a intervenção do estado para selarem a paz nos estádios, Botafogo e Vasco foram na contramão e protagonizaram um rídiculo papel ao entrar em conflito depois de anos de paz, vergonhoso fato ocorrido no clássico válido pelo returno do brasileirão em 13/11/2011.

Torcida e a sua força Política

No âmbito político, há o MITOB (Movimento Independente Torcedores do Botafogo) o Movimento Carlito Rocha, fundado em 1992. Ambos também atuam social e culturamente, procurando manter-se atentos às decisões tomadas pelos diretores do clube.
A COMFOGO (Comunidade Botafoguense), de caráter apolítico e criada em 2003, é um fórum de discussão sobre o Botafogo. Através da COMFOGO, já foram promovidas homenagens a ídolos alvinegros, assim como uma distribuição de cestas básicas aos funcionários do clube, quando estes acumulavam meses de salários atrasados.

Presidentes

O primeiro presidente do Botafogo Football Club, foi o jogador e fundador do clube Flávio Ramos em 1904. No Club de Regatas Botafogo, o cargo foi exercido em primeiro lugar por José Maria Dias Braga, que também foi fundador de seu clube. Ao longo da história dos dois clubes, o cargo esteve sob o comando, entre outros dirigentes, de ex-atletas e figuras ilustres da sociedade carioca. Entre eles, destacam-se o escoteiro e ex-futebolista Mimi Sodré, do Football Club, e poeta Augusto Frederico Schimidt, presidente do Regatas e idealizador do processo de fusão dos dois clubes em 1942. Após a junção, um dos presidentes mais populares foi Carlito Rocha, místico e supersticioso, criador de frases históricas e do mascote Biriba. Carlito, que também já havia sido jogador e treinador do Botafogo, presidiu o alvinegro de 1948 a 1951. Emil Pinheiro foi outro presidente que ficou muito marcado na história do Botafogo. O presidente, ex-bicheiro, ajudou a levar o alvinegro à conquista bicampeonato estadual de 1989 e 1990 e à final do Brasileirão de 92, ano em que renunciou ao cargo. Ele assumiu o comando do futebol alvinegro ao final dos anos 1980, contratando grandes jogadores para o clube que encontrava-se à beira da decadência. Após dois "mandatos tampões", Carlos Augusto Montenegro tornava-se presidente do Botafogo. Em sua gestão, além de o time ter se sagrado campeão brasileiro de futebol, o clube reconquistou a sede de General Severiano, que havia sido perdida em 1977. Em 2003, Paulo Roberto de Freitas, mais conhecido como Bebeto de Freitas, assumiu o presidente do Botafogo. Bebeto, que foi atleta de vôlei do clube, sendo dez vezes seguidas campeão carioca pela modalidade com alvinegro, tomou o lugar de Mauro Ney Palmeiro. Bebeto teve como missão retirar o Botafogo da segunda divisão do futebol brasileiro logo em seu primeiro ano de gestão. Dentre seus feitos, organizou as dívidas do clube, além de ter criado a Companhia Botafogo, empresa que gere o futebol botafoguense. Reelegeu-se com apoio de Carlos Augusto Montenegro, da imprensa e da torcida no geral. Durante seu segundo mandato, que durou até 2008 o clube conseguiu a concessão do Estádio Olímpico João Havelange. A partir de 2009, o dentista e professor universitário Maurício Assumpção Souza Junior assumiu o posto de mandatário do alvinegro até 2011. O cargo de presidente do Botafogo de Futebol e Regatas, de acordo com o estatuto vigente do clube, é escolhido pelos sócios da instituição através de voto direto e secreto. O mandato do presidente eleito é de três anos, com possibilidade de uma reeleição.

Companhia Botafogo

Loucos pelo Botafogo no Engenhão, em 2008.]] A Companhia Botafogo S/A é a empresa criada em 2003, na administração de Bebeto de Freitas, para gerir o futebol do Botafogo de Futebol e Regatas.[75][76] Devido à precariadade financeira do clube, esta medida foi tomada e aprovada pelo Conselho Deliberativo do alvinegro,[75] tornando-o um dos primeiros clube-empresa do Brasil. Desta forma, as receitas são remetidas diretamente para a administração, ficando livre de parte das penhoras e dívidas, possibilitando maiores condições de gerir as atividades esportivas economicamente. A Cia. Botafogo é a intermediária para as contratações do time, exercício e exploração financeira e comercial do desporto e da marca Botafogo, assinatura de contratos de patrocínio, como os atuais da Kappa e Liquigás, e, também, responsável pelo arrendamento do Estádio Olímpico João Havelange.[77] Registrada como holding de instituições financeiras,[78] pode atuar com sócia, acionista, quotista ou consorciada em sociedades civis ou comerciais. Para o futuro, prevê-se a venda de ações da Companhia Botafogo na bolsa de valores. Os cargos diretivos da Cia. Botafogo não são remunerados e a função sócio majoritário é ocupada pelo presidente em vigor do clube. Originalmente, integravam a empresa, que tem sede à rua Santa Luzia, 651, 27° andar, Centro do Rio de Janeiro, os diretores Jefferson de Almeida Pereira, Luiz Cláudio Rangel Xavier, Bebeto de Freitas e Vantuil Gonçalves Júnior. Em 2006, a diretoria foi alterada, ficando apenas Bebeto e Jefferson Melo, diretor de marketing do clube.

Clássicos

O primeiro grande rival histórico do Botafogo foi o Fluminense, com o qual fez sua primeira partida em 1905. As duas equipes, que por serem algumas das mais antigas do futebol brasileiro fazem o chamado Clássico Vovô,[79] travavam basicamente, na década de 1900, duelos entre jovens adolescentes, do alvinegro, contra homens de mais idade, do tricolor. A rivalidade entre os dois clubes, localizados em bairros próximos, com o passar do tempo, aumentou cada vez mais, já contando com maior variação e equidade etária de seus futebolistas a partir da década de 1910. As disputas entre os dois clubes não aconteciam somente nos gramados historicamente, mas também nos bastidores, entre os dirigentes dos clubes[80][81] e até mesmo entre os torcedores. Outro clube considerado um dos maiores rivais do Botafogo é o Flamengo. Originalmente de bairros vizinhos,[82] os dois clubes já competiam entre si no remo, a partir do final do século XIX, na Baía de Guanabara. No futebol, o Flamengo só iniciou suas atividades em 1912,[83] um ano antes de fazer seu primeiro jogo contra o Botafogo. Os dois clubes, que contaram, em momentos distintos, com dois dos principais jogadores de futebol do Brasil, Garrincha, pelo alvinegro, e Zico, pelo rubro-negro, fizeram partidas históricas, entre elas muitas finais de campeonatos estaduais e nacionais. Esse clássico é conhecido como: Clássico da Rivalidade. Botafogo e o Vasco da Gama, outro clube originalmente do remo, ficaram conhecidos como co-irmãos, chamando-se Clássico da Amizade, formaram até Combinado Botafogo/Vasco em jogo contra a Seleção Brasileira em 4 de março de 1977. O Vasco, que só começou a participar do futebol em 1916 em divisões inferiores, fez sua primeira partida contra alvinegro em 1923. Contra o time da cruz de malta o Botafogo possui seu pior retrospecto contra um rival, tendo uma diferença de vitórias um pouco maior a cinquenta partidas. Contudo, historicamente, o Botafogo nunca foi vice-campeão do Vasco. Em todas as decisões, o Botafogo sagrou-se campeão frente ao Bacalhau. A decisão da Taça Guanabara de 1965 não habilitava o vencedor a ir para decisão final do estadual como acontece atualmente.[84] No Rio de Janeiro, o Botafogo também tem outros adversários de relevância histórica, como o América, o Bangu, o Americano, entre outros. Porém, por disputarem, por muito tempo, torneios em divisões inferiores ao alvinegro, não são considerados clássicos e as partidas não possuem o mesmo fervor das disputadas contra Flamengo, Fluminense e Vasco. Fora do estado do Rio de Janeiro, o clube contra quem o Botafogo fez mais partidas históricas foi o Santos. Na década de 1960, a disputa entre os alvinegros de, entre outros craques, Garrincha e Pelé era tratada como o maior clássico do país. Posteriormente, os dois times ainda fizeram a final do Brasileirão de 1995, quando o Botafogo saiu campeão. Conhecido como: Super Clássico ou Clássico da saudade. O time da Estrela Solitária também possui certa rivalidade contra outros clubes paulistas em virtude da constante participação do extinto Torneio Rio-São Paulo. São eles, além do Santos, o Corinthians, o Palmeiras e o São Paulo. O Botafogo também tem rivalidades moderadas contra os times de Minas Gerais, estes Atlético Mineiro e Cruzeiro, do Sul e Nordeste do Brasil.

Fonte: Wikipédia.